quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Poesia - Gregório de Matos

Senhora Dona Bahia

  
"Ninguém vê, ninguém fala, nem impugna,
 e é que, quem o dinheiro nos arranca,
 nos arranca as mãos, a língua, os olhos."


"Esta mãe universal,
 esta célebre Bahia,
 que a seus peitos toma, e cria,
 os que enjeita Portugal"


"Cansado de vos pregar
 cultíssimas profecias,
 quero das culteranias
 hoje o hábito enforcar:
 de que serve arrebentar
 por quem de mim não tem mágoa?
 verdades direi como água
 porque todos entendais,
 os ladinos e os boçais,
 a Musa praguejadora.
 Entendeis-me agora?"

Fonte: http://www.jornaldepoesia.jor.br/grego02.html

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